Paula Pimenta: Orientadora e Vestibulando

– Como os pais podem identificar se o seu filho ou a sua filha está sofrendo bullying? Dar dicas e falar dos sinais de comportamento aos quais a família deve ficar atenta.

– Como conversar sobre isso com os filhos e como encaminhar essa questão?
– Comentar a importância dos pais estarem sempre atentos a isso.

Quando a criança ou o adolescente estão sofrendo bullying, pode apresentar mudanças de humor e comportamentais. Estar recorrentemente triste, abatido, irritado ou até mesmo agressivo com pessoas mais próximas podem ser alguns desses sinais. Outro comportamento frequente pode ser a recusa em ir para a escola ou evitar encontrar os colegas. Assim, muitas vezes o absenteísmo acaba por ser um forte indício de que ‘ir para a escola’ está sendo difícil.

Os pais devem buscar uma postura acolhedora com os filhos, de forma a abrir o espaço para dialogarem sobre a escola como um todo, desde a parte pedagógica até a de socialização e relacionamentos. Buscar perguntar diariamente sobre a rotina da escola, os colegas com quem se relaciona, conhecer o círculo de amizades e não banalizar o que os filhos trazem como preocupações e incômodos. 

Além disso, é importante ter conversas com a escola, principalmente com o(a) professor(a) que acompanha o filho/filha na sala de aula ou a orientação pedagógica para entender como é seu comportamento e suas relações. Em alguns casos, pode ser necessário buscar auxílio especializado, por meio de psicólogo(a) que oriente a condução.

Uma criança ou adolescente que sofre bullying pode ter consequências sérias em sua autoestima e sua capacidade de se relacionar. O isolamento e sintomas de ansiedade, depressão e até mesmo a automutilação e o suicídio podem ser fatores desencadeados de uma situação que não foi bem cuidada e amparada pelos pais e pelos profissionais da escola. Por isso, é fundamental que todos estejam atentos a esta situação.

Quando os pais criam um espaço de confiança para seu filho poder falar o que está sentindo, demonstrando compreensão e acolhimento, a criança e o adolescente podem se sentir mais seguros e se expressarem com mais facilidade. É comum a criança e o adolescente acharem que alguns sentimentos, como tristeza, medo e angústia, são errados e por isso devem ser escondidos ou mesmo se preocuparem com a reação dos pais quando souberem o que sentem. Neste sentido os pais precisam ser cautelosos e não forçar o filho a falar, pois isso também poderia ser um desrespeito a escolha dele. Mostrar disponibilidade para conversar e ajudar a encontrar outras alternativas para se cuidar é uma boa forma de estar presente e atento a vida dos filhos.

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