Paula Pimenta: Orientadora e Vestibulando

Quais são algumas perguntas que os alunos podem fazer a si mesmos para descobrir o que se encaixa melhor em seu perfil: humanas, exatas ou biológicas?

A escolha profissional, para muitos jovens, inaugura a difícil tarefa de escolher, tomar decisões e arcar com as consequências positivas e negativas desta escolha. Ou seja, é um ato solitário e que traz a noção da falta (quando escolho uma carreira, todo o resto fica em segundo plano, pelo menos em um primeiro momento).

Por ser solitário e inaugural é esperado sentir medo, insegurança e angústia, por isso busca-se incessantemente por respostas, pelo menos parciais, para apaziguar essas emoções. O teste vocacional e a ideia de perfil profissional podem ser utilizados para dar essa tão cara resposta ao jovem que está nessa busca. Porém este modelo de busca de resposta, se mal aplicado e interpretado, pode ser um tanto restrita, fechando as possibilidades por conta de alguns pré-conceitos ou estereótipos.

Por exemplo, se dissermos que fulano é bom em argumentação, gosta de ler e sempre batalha pelas injustiças sociais, logo tem que fazer direito. Mas, será que a partir da habilidade em argumentação, o interesse em ler e ter o valor da justiça social, como características pessoais é possível confirmar que o perfil desta pessoa é de humanas ou que se encaixa com a carreira do direito? Será que esses aspectos também não são encontrados em carreiras como um professor universitário que se debruça em estudar questões sociais, um jornalista ou um engenheiro que lidera um projeto de habitação social?

Já a ideia de processo de orientação profissional pode trazer uma perspectiva mais abrangente, em que se pensa em uma escolha adequada e, isso se concretiza, a partir da reflexão sobre si mesmo e sobro o mundo. Algumas reflexões presentes para a etapa de autoconhecimento no processo de orientação profissional são:

– Quais são meus interesses hoje e quando iniciou?

– Quais atividades gosto de realizar e quais não gosto?

– Quais ambientes me sinto bem e quais não?

– Quais são minhas facilidades/ habilidades? Qual habilidade gostaria de desenvolver pessoalmente? 

– Quais são minhas curiosidades e motivações?

Por que esse conhecimento é importante para a escolha de uma carreira?

    Porque é a partir da reflexão da sua biografia, identificando quais são seus valores pessoais que é possível analisar como você se relaciona com as esferas do estudo e da profissão em sua vida. Compreender suas motivações pode auxiliar a compreender qual é o caminho que faz mais sentido trilhar para se chegar no seu objetivo.

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